Sunday, April 20, 2008

wandering

O corpo mole deambula pela calçada atrapalhada.
Trocámos os papéis amor! E perdemos todo do pouco sentido que tinhamos.
O relógio-mor já nem se faz ouvir. São cinco? Que cinco são?
Hoje não me perguntas pelo jardim, nem foges de lá comigo, ou nem sequer me levas até lá.
Foges agora pelos fios que te afastam de mim, com mais ou menos confusão nos olhos.
A pena é pousada para sentir cada pedaço de pele.
Os sentidos pedem mais, sempre mais até à exaustão, que o pulsar assim o pede.
Pena (oh minha pena) estares tão longe, demais é o pulsares na minha cabeça sem qualquer pedido.

17/03/08

à mercê

Lavam de ti as mãos com sorrisos vitoriosos, deixando-te para pisares uma terceira vez (porque duas já foram à tanto) a pedra, a pedra pois, porque a pedrinha perdeste à muito com a pena impedindo-te assim de entregares os papéis já de si atrasados.


03/03/08