Tuesday, May 01, 2007

Eros...

Quem me dera amor
Que pudesse respirar livremente
Quem me dera amor
Que os dias não passassem sozinhos
Quem me dera amor
Que estivesses aqui
Nenhum dia jamais raiará
Sem o teu doce calor

Amor, é de noite... está frio...

bury me bury me

Sentes o cheiro da mortificação?
Os passos do cadáver sentem-se cada vez mais,
principalmente ao virar da esquina.
O coração já nem tem compasso, já bate tão aleatoriamente...
O sangue nunca foi tão preciso.

Foi virada uma página.

Já não há chama que renasça,
É tudo tão podre aqui, não importa a tristeza.
As cores já só são duas.
A lua é cheia e as estrelas muitas.

Atenção às palavras.

Abraça o morto que ainda sente calor,
Os ossos estão fracos, tem cuidado.
A voz penetra a alma, canta uma canção de embalar.

Enterra-me amor, que o sol se aproxima.