Monday, July 31, 2006

Sonho

Deixa-me fazer-te sonhar:


Observa toda esta beleza, toda esta composição de vida... sonho!
Aproxima-te. Vem. Sentes o bater das ondas? A maresia? Sabes, este sonho leva-me a percorrer grande distâncias, a ignorar o longe e o perto, aqui está tudo presente, tudo. Nada falta, nem o mais infimo pormenor, nada.
Ouves o chilriar dos pássaros? Que música é mais natural do que esta? Podes-me dizer? Temo que não... Os seus voos... uma dança! Quanto lamento não os poder acompanhar, falta-me tudo para que isso possa acontecer, tudo! Oh! se ao menos ganhasse asas, mesmo se por poucos momentos, dançaria!... dançaria como soubesse que o fim se aproxima, deixaria a minha alma dançar. Para na eternidade ser recordado tal poderoso momento!
Quanta liberdade tenho eu de, me lançar desta falésia para ver se ganho então asas, ou morrer de vez, possilvelmente o faria, mas nem o bater forte das ondas nas rochas me impediria. E depois? Depois acordava eu mais uma vez...

E já não podia dançar por seres de tamanha liberdade, de tamanha beleza, mas terei eu alguma vez feito isso?? Terei alguma sonhado tão inalcansavél limite, o maximo...

Tuesday, July 25, 2006

a (não) dança

cansada por esperar pela (tua)dança
desespero,
no cantinho acolhedor e suave…insuficiente.
deixo-me cair de cansaço e,
durmo em teus braços
porque apenas estás ao meu lado.
entediado pelo mundo
mimas me o cabelo com essas festas que fazes
e, guardas os beijos, guardas-os-beijos
sabendo eu disso suspiro em meu sonho
porém e,
sem a tua dança:
o meu desejo é morrer na paz do teu beijo.







...Deixa-me aceder ao teu pedido para dançar...

Friday, July 21, 2006

(untitled)

Gostava que o meu cantinho cheirasse ligeiramente a vinho do porto, ora amargo, ora doce, mas com o poder delicioso de nos alegrar, mas não em demasia. Que o ambiente está convidativo, porque que não te juntas também? A melodia soa tão bem... Faz-me sonhar sabes...com bailes e romances, delicioso não é? como este aroma, como o bailar deste líquido replasdecente, juntaste ao baile? puxa por mim... como à muito me fizeram... sonhar.

Monday, July 17, 2006

Noite Minha

Olho as estrelas, estão tão bonitas! Vagas mas ao mesmo tempo fazem sentir a sua luz, o seu poder!
A lua está preguiçosa, mas sei que hoje não faltará, como me poderá faltar ela? Que tão pequenas coisas têm em mim um peso tão grande. Não, não me faltarás, a noite ainda não acabou. "A noite ainda é uma criança."
Tal como eu quero que assim sejas, e nunca morras, NUNCA!
E fazer-me sentir assim, nesta noite minha! Bem...

Sunday, July 09, 2006

E se...

apetecer? Assim o farei, tenho em mim a própria a condenação, a minha. Só apenas essa pode pesar, só e apenas essa me pode matar algum dia.

escrever? Darei a conhecer ao mundo o meu ser. Mesmo aquela parte que nem eu posso explicar estará nas minhas palavras, ou entre-linhas. Nada é simples, nada tem apenas um nome, uma característica.

sonhar? Viverei na minha fantasia, na minha dança, nos meus desejos, no meu mundo. Afinal, que é da vida sem sonhos? nada...

dançar? Serei confortada, tanto por mim como pelos que me querem! Serei a música encarnada na minha dança: um sonho, uma vida.

viver? É porque apetece, nem que seja apenas ao mundo, mas agora apetece-me a mim! E vou escrever os meus sonhos, nem que doa, sem eles nada sou.

E se... morrer amanhã perco uma mão cheia de essência, uma mão cheia de mim própria e de todos aqueles que em mim se vêm reflectidos. Não, não quero morrer! Quero viver, apetece-me viver! Dançar os meus sonhos! Escrever a minha dança!
VIVER!

Saturday, July 08, 2006

Espelho

E começou a musica, sim aquela que te perturba, e que me acalma. Mas faz-me sonhar:

Deus meu! Estou sozinha, e que sala é esta?? Branco e mais branco, e mais um pedaço deste branco incrivelmente límpido. E este branco prolonga-se. E eu corro em busca duma porta, uma janela, algo que me faça sair daqui, que me tire desta calma/inquietação universal… E encontro algo, nem uma porta nem uma janela, mas algo majestoso, possivelmente demais para estar à vista de todos, por isso um véu o cobria. Um véu negro macio e brilhante como a seda, quem me dera ter um vestido assim…

E algo me fez destapar e arrancar o véu àquele objecto. Um espelho. Nada mais do que isso. Porém, fascinava-me o facto de poder ver para além de duas cores. Reparo nos meus olhos: estavam cintilantes mas com receio.
Ai! Uma luz faz-me fechar os olhos. Sinto-me fraca sem forças. Desmaio. Caio. Mas não no chão. Em teus braços, mas? Debilmente abro os olhos, nada vejo, não estou cega, não.
Olho então para o espelho, vejo-me suspendida por um ser. De lado para o espelho vejo-te: dono de uns olhos de sonho, verdes, a tua cara transmite tanta delicadeza, tanta pureza… Sem resistir toco-te, és real! Mas não te vejo, só apenas no espelho. Pousas-me no chão. E a minha mão mantém-se na tua face. Fechas os olhos com força e balbucias algo ao qual sou imune de perceber.

Em tuas cálidas mãos tens a minha cara. Tens o meu ser. Beijas-me. Doce doce beijo este, alma minha! Olho-te, sorris. Que sorriso, Deus meu! Que medo tenho eu de acordar…
“Encontrei-te, não quero saber! Se aqui me esperavas… não quero saber! Quero ficar contigo, no meio do nada, não interessa, reflectes-me. E só isso importa, e nada mais!”
Pousas a minha cabeça no chão. Dás-me a mão, querida tranquilidade... E tocas-me o rosto com tanta candura… fechas-me os olhos e sussurras: “Ficarei sempre aqui.”
E descanso finalmente da minha luta por paz, assim me a deste, se me a deste.
E fecho os olhos permanecendo na minha memória os teus olhos débeis à minha vista, e a tua doçura.
“És o meu tudo e eu o nada
Obtiveste a tua paz, minha alma penada.”-sussurro a mim própria.


Morro, finalmente....

Thursday, July 06, 2006

Not me this time

não-vou-recuar-não-vou-recuar-não-vou-recuar
EU NÃO VOU RECUAR

Não posso, nem quero, não desta vez não agora.
Continua o teu joguinho hipócrito, podes continuar sem mim, não podes? Ou sou uma peça fundamental para o teu gozo? Deve ser só para o teu gozo... Continua, decerto que podes continuar as tuas mentirinhas, se é assim que queres... eu sei que gostas.
Torce tu o braço desta vez, porque isso agora é para ti, estás à vontade meu caro.

Tudo o que te pedi ignoraste, pois bem agora já não te vou pedir a tua força. Não virei ficar mais caída a pedir-te ajuda, não vou, e isso garanto-te eu, ergui-me-ei com ou sem ajuda mas decerto sem ti, descansa cumprirei a minha palavra.

Tuesday, July 04, 2006

Phsss...

Sopro...
E nada muda: as máscaras continuam lá; os falsos sorrisos ainda mais se entranham; e as bolhas só aumentam.

E sopro...
E lá continua tudo: a insanidade apenas está disfarçada, mas está; o medo, esse até deve ser o que mais está presente; a espontâneadade é posta de lado pelos planos, para tudo correr na mais perfeita normalidade.

Mas sopro...
Na vaga esperança de que tudo se vá para que eu possa finalmente respirar, para que possamos todos respirar! Antes que nos morramos de tanto veneno.

Sunday, July 02, 2006

You II

I must look at you, and take care of you.
I love you but I can’t help you, ooh dear how that makes me sad. Please don’t be sadder than me, I couldn’t hold it.

Everything around us is so terrible, so insane. The people take a walk not even thinking that they treading others, or just they don’t care. They want to be happy but without helping no one, if they do, if they care they’re sometimes stupid and sometimes they care but they don’t help.

How I fear that world… and how you need it. And I need you smiling I need you healthy. I would do anything to you, anything, if that makes you happy, if that makes you feel alive.

But my dear, I can’t do it all by my own. Forgive me for that, I’m terrible sorry.
I got your hand and you got mine, although we need more than that to hold us to this crazy world. Out there is so hard to get some trustful help, how I regret being here…
Please take my shoulder to cry… I’ll be here anytime you want: Just grab me with all the strength you have, to live. To help you I’ll be here forever.